segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Dia de Cão

Gustavo, embriagado de tédio e saudade, juntou suas tralhas e foi direto ao ponto de ônibus.Estava mal, numa leve depressão. A vida na cidade grande, juntamente a sua esgotante rotina de estudos, fez dele uma máquina triste e solitária durante algum tempo.
No ponto de ônibus ele não se aguentava, ancioso para chegar naquela pacata cidadezinha, onde ele havia passado praticamente toda a sua adolescência. Seus amigos também o esperavam, mas quem mais desejava ve-lo era sua menina, sua namorada, sua paixão flamejante a ponto de doer de saudade. Gustavo namorava a distância, enorme distância para ele e para ela...já que as horas de viagem triplicam quando se depende das latas de sardinha gigantes.
As horas naquele dia andavam devagar, já corriam duas desde que ele havia saido de sua casa. O circular com destino a rodoviária que diariamente passava de 20 em 20 minutos, naquele dia ainda não tinha passado. Gustavo pensou num táxi, mas o pensamento expirou rapidamente já que ele estava financeiramente fraco, muito fraco. Resolveu usar suas pernas mesmo. Caminhou durante uma hora por entre as agitadas ruas daquele formigueiro imenso, sujo e cruel.
A rodoviária estava um caos, manifestantes bloqueavam os ônibus nas saídas, reivindicando a diminuição do preço das passagens. Depois de algum tempo as brigas floresceram, já que muitos precisavam sair da rodoiária em seus onibus. Longas horas de caos até tudo ficar calmo. O sol ja escondia e Gustavo ainda não tinha comprado sua passagem. Foi se enfiando entre a multidão e conseguiu chegar ao guiche da empresa. Comprou exatamente a última passagem às sete horas da noite. Ainda eram seis, ele resolveu comer algo. Entrou numa lanchonete qualquer e pediu um guaraná e uma coxinha. Guaraná quente e coxinha pingando gordura. Pagou, foi ao banheiro e dpois desceu a plataforma 17. Nesssas hora se sentia um pouco aliviado de estar ali já, depois de tanto sufoco.
O ônibus veio atrasado, lotado. Gustavo procurou sua poltrona. Sentou-se ao lado de um senhor, um cego. Nos bancos a frente estavam duas mulheres que não paravam de falar de novelas. No banco de trás uma mulher acalmava seu três filhos, trigêmios.
As nove da noite o ônibus deixava o caos e caia nas longas rodovias. A viagem foi tranquila. Depois de algumas horas, Gustavo se levanta, ele chegou ao seu destino, despediu-se do cego, pegou suas malas e saiu, quase que correndo para a sua casa. Chegou matou um pouquinho a saudade dos pais, tomou um banho e já desceu ao encontro do pessoal. Bateu a casa de sua namorada:
-Te amo
- Eu sei!
Pegou a mão da menina e foi encontrar os amigos...Beberam, riram se divertiram. Aquele finalde dia, aquela noite valera todos os dias que ele havia passado na enorme cidade. Foi o refúgio dos sentimentos daquele incrível rapaz!



3 comentários:

Unknown disse...

Owww shitt!!!
lukão....auhauhhua
gostei d maiiiss kra!!!
além do conteúdo, foi escrito daquela forma q vc escreve , meio machadiana....usando mais-q-perfeitos....
mas esse eu prefiro comentar com vc....não por aqui!!!!!
obrigado por se basear!!!
vlw lucaum!
preto safado

Marcelo Martins disse...

Quando isso aconteceu? O.o

Parabéns, Lucão. Enredo e estória muito bons.

Tais G. Faraco disse...

aaaaaaah que belezinha!
Lucão...você colocou até o número 7!

Ficou muito boa..você escreve bem e eu gostei pra caramba...

!!!!!!!!