LucasLucas

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

que droga, que droga.
fui pego por algumas horas
escalei sozinho
um pico altíssimo no pensamento
acomodado, mirando a vida
só fica o eu em questão
eu e minhas questões existenciais
ninguém acolhe uma alma desregulada
é facil concordar apenas.
na consciência humana
lutar é para os fortes
calar para os fracos
mas vejo que no meu silêncio
brota uma flor madura
espinhenta e discreta
os curiosos podem podar
os amigos também
para os críticos
visto a capa da invisibilidade
temo a solidão real
temo não saber reger os devaneios
o amor consome
toda a força que mora em mim
e pelo amor
visto-me como pai e mãe
e abuso de todo aquele egoísmo saudável.
para os pais
somos brinquedos
de sangue e osso.
alguns duram 12 anos
outros uns 20
e te até aqueles de 40 e tanto
depois
passamos para o próximo estágio
me encontro por ai
na confirmação das bases
na diluição dos conceitos
na massificação dos homens
no compromentimento sentimental.
invejo os consagrados poetas
invejo os diretores de cinema
invejo o caseiro velho da minha chácara
invejo o pivete que levou minha carteira
cada um
muitas sinas
muitos fardos
o meu fardo é tão pesado...
alguns não suportam
e metem bala no crânio
conheci um deles
há quem sobreviva
muitos sobrevivem
e zanzam por aí
com os olhos
fundos.
com a língua
que deseja sempre
um novo sabor.
meu inventário cresce frenéticamente
mais um poeta.
mais uma poesia.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

PENSAMENTINHOS DE BAR

"a preguiça é um demônio"

"palavra e silêncio matam"

"somos, apenas somos"

"o medo é o deus dos infiéis"

"o amor é o engenheiro da saudade"

"o sexo é o alívio da alma"

"a liberdade é prova de necessidade"

quinta-feira, 19 de março de 2009

O som de fundo é Paranoid Android. 00:28. aaaaaaaa AAAAAAA oooooo OOOOOOOO.


o eco de um igreja. os confessionários explodindo de falsas confissões. as imagens sorrindo entre si e ninguém vendo. a magia das igrejas. adornadas, frases em latim, bancos de madeira bonita, piso limpo e o tão raro, Silêncio.
sentado num desses bancos, de olhos fechados, com a cabeça despejada nas palmas das mãos: Velvétio. estranhíssimo nome! era ele lá sentadinho refletindo as merdas que faz todo dia.

pisava e pisava nas carecas dos velhos nas ruas. roubava sonhos. pintava maldades nas cabecinhas porosas dos jovens.

mandava e desmandava no sistema. absolutista. tirano sem vergonha!
UM TREMENDO FILHO DA PUTA!

o que um filho da P-U-T-A descarado fazia na igreja, choramingando e refletindo?
???????????????????????????????????????????????????????????????????????

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Volta Lucão

Faz uns trezentos e oitenta e sete anos que eu não escrevo algo aqui.
não sei porque...
Ando em outros tempos, outros pensamentos. Ando no silêncio, na consolidação de algumas idéias. Sinto como se eu não fizesse parte desse mundo, excluído da cena humana. Vez em quando encontro uma boa roda de parceiros intelectuais pra chorar minhas máguas. Por enquanto, nos dias que passam e passam, longos e anciosos tenho umas dez orelhas pra me escutar. Não me lembro do último poema que escrevi nem do último desenho que pintei. Estudo...estudo...pra segunda fase da minha vida.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

..............................(se alguém quiser botar um título)

A vida é uma grande fantasia mesmo
pare e pense
eu sofro com algo que já acontece
já acontece comigo
Amigos
agora agente é tudo irmão
depois restam alguns
outros se limitam a ois e tchaus
outros entram numa constante amnésia
tudo vira história
tudo muda rapidamente de valor
Valor
essa é a palavra
Quanto vale cada coisa, cada gesto,
cada amigo, cada namorada?
É tudo tão grande e depois pequeno
Agente cresce, às vezes enconlhe
tudo vira história
depois agente dá risada das brigas de criança
dos castigos que agente levava junto as palmadas
de quando sua mãe chorou
daquele pé-na-bunda
Agente tira uma parcela de fatos da nossa história
e faz um livreto de piadas.
Por isso eu tento viver intensamente
Por isso eu fasso disso tudo um teatro colossal
amanhã tudo vira história
amanhã quase tudo vira comédia
amanhã agente morre
E já era

segunda-feira, 5 de maio de 2008

...

Eu, Três pontos
Não gosto de palavras complicadas
De frases misteriosas
Não tenho muitos segredos
Sou viral
Simples assim.
E quase ninguém entende minha clareza

Modernidade

E dessa vidinha
já pré-construída
quero me desligar
Onde você compra sua felicidade?
Quanto custa?
Dá pra parcelar?
Saibam que eu consigo por muito pouco.
Quero ser meio índio
Meio nômade
Meio homem das cavernas
Com licença, agora vou ver umas estrelas.